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Introdução: quando o diagnóstico não vem sozinho


Receber o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) já é um momento de grande impacto para qualquer família. No entanto, muitos pais descobrem, algum tempo depois, que seu filho também apresenta características de outro transtorno do neurodesenvolvimento: o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).


Essa combinação, embora possa assustar inicialmente, é mais comum do que se imagina. Estima-se que entre 30% e 80% das pessoas com TEA também apresentam sintomas de TDAH. Quando os dois quadros se manifestam juntos, chamamos isso de comorbidade.


Mas afinal, o que isso significa na prática? Como identificar os sinais? O que muda no cuidado? E como a psicologia pode ajudar? É sobre isso que vamos conversar neste artigo, com acolhimento, clareza e orientação técnica.


O que é TDAH?


O amor por um filho é algo que transborda. Mas quando esse amor é O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neurológica que afeta o autocontrole, a atenção e os níveis de atividade. Os sintomas geralmente se dividem em dois grupos principais:


- Desatenção: dificuldade para manter o foco, esquecer tarefas, parecer não escutar, distrações frequentes.

- Hiperatividade e impulsividade: inquietação, fala excessiva, dificuldade em esperar a vez, agir sem pensar.


O TDAH costuma se manifestar na infância e pode acompanhar o indivíduo por toda a vida, impactando a aprendizagem, os relacionamentos e o comportamento.


O que é TEA?


O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada por dificuldades na comunicação social e por padrões de comportamento restritos e repetitivos.

Os sinais mais comuns incluem:


- Dificuldade em manter contato visual ou compreender expressões faciais.

- Interesse intenso por assuntos específicos.

- Preferência por rotinas e resistência a mudanças.

- Comportamentos repetitivos (como balançar o corpo ou agitar as mãos).


O TEA é um espectro, ou seja, os sintomas variam muito de uma criança para outra, tanto em intensidade quanto em forma de manifestação.


TDAH e TEA: o que acontece quando os dois se encontram?


Durante muitos anos, acreditava-se que uma criança não poderia ser diagnosticada com TDAH e TEA ao mesmo tempo. Mas hoje, sabe-se que essa comorbidade não só é possível como é relativamente frequente.


Quando o TDAH está presente junto ao TEA, os sintomas se entrelaçam. Uma criança pode apresentar agitação constante, impulsividade, dificuldade para manter a atenção, ao mesmo tempo em que demonstra comportamentos repetitivos, dificuldade de interação social e sensibilidade sensorial.


Essa combinação pode tornar o dia a dia da criança (e da família) ainda mais desafiador. Por isso, o diagnóstico preciso e o acompanhamento multidisciplinar são essenciais.


Como identificar sinais de TDAH em crianças com autismo?


Nem sempre é fácil diferenciar os sintomas do TDAH dos comportamentos típicos do autismo. Mas alguns sinais merecem atenção especial:


- Agitação motora além do esperado para o perfil da criança.

- Impulsividade que prejudica a segurança ou a convivência.

- Dificuldade em manter o foco mesmo em atividades que a criança gosta.

- Dificuldade significativa para seguir instruções simples.

- Problemas com organização, mesmo em tarefas rotineiras.


Se você percebe esses comportamentos com frequência e intensidade, vale a pena conversar com um profissional especializado.


Por que o apoio psicológico é tão importante?


Quando uma criança apresenta TDAH como comorbidade do TEA, os pais podem se sentir ainda mais sobrecarregados. São muitas informações, muitas demandas e, muitas vezes, poucas respostas claras.


O apoio psicológico oferece um espaço seguro para elaborar os sentimentos que surgem com o diagnóstico, lidar com a culpa, o medo e a frustração, e encontrar caminhos mais leves para a convivência.


Além disso, o psicólogo pode ajudar a:

- Desenvolver estratégias específicas para lidar com os comportamentos desafiadores.

- Fortalecer a comunicação entre pais e filhos.

- Trabalhar as emoções da criança e da família.

- Estimular a autoestima e a autonomia infantil.


Cada caso é único, e o atendimento psicológico é adaptado à realidade de cada família.



O papel dos pais: presença, paciência e parceria


Ser pai ou mãe de uma criança com TEA e TDAH exige mais do que amor. Exige presença, paciência e parceria.


É normal sentir cansaço, dúvidas e até momentos de desânimo. Mas saiba que você não está sozinho(a). Existe uma rede de apoio ? e você pode fazer parte dela.


Buscar ajuda não é sinal de fraqueza, e sim de coragem. Quanto mais você estiver bem emocionalmente, mais força terá para apoiar seu filho em cada etapa do desenvolvimento.


Conclusão: acolha-se para acolher


Conviver com dois diagnósticos não é tarefa simples. Mas com orientação, suporte e acolhimento, é possível transformar os desafios em oportunidades de crescimento e conexão.

Se você está passando por esse momento e sente que precisa de apoio, não hesite em buscar ajuda profissional.

A psicoterapia pode ser um caminho de reencontro consigo mesmo, de fortalecimento emocional e de mais leveza para a jornada com seu filho.


Vamos conversar?


Se este conteúdo tocou você de alguma forma, saiba que estou disponível para te ouvir. Ofereço atendimento psicológico especializado para pais, cuidadores e crianças. Juntos, podemos encontrar formas mais saudáveis de lidar com os desafios e fortalecer os vínculos familiares.


Agende uma sessão e descubra como a psicoterapia pode transformar sua experiência como mãe, pai ou cuidador.

Você não está sozinho. E merece cuidado também!


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